Esculturas lúdicas de Sara Rosenberg: arte para brincar

Helder Delgado
18 de fev. de 2023
2 min de leitura

Atualizado: 27 de fev. de 2023

Winnie Bastian

“Arte é oportunidade”. A frase, dita por Sara Rosenberg durante nossa visita à sua exposição inaugurada ontem no Museu da Casa Brasileira, faz todo o sentido quando olhamos para suas esculturas lúdicas, pensadas como um convite para as crianças não apenas entrarem em contato com o universo da arte e, mais do que isso, apropriarem-se delas.

“Seria mais do que ‘é permitido tocar’”, provoca Sara, referindo-se ao aviso de “é proibido tocar”, tão comum nos espaços expositivos em geral. “Seria um convite explícito, um trampolim para a apropriação do momento, no espaço e no tempo. Em meu trabalho, quero sempre integrar, convidar o outro (…) a fazer parte da obra. A descobri-la, explorá-la por meio da curiosidade, das sensações físicas ao tocá-la, deslizar, entrar e sair, experimentar o dentro e o fora”, conta a artista.

“Construídas em fibras de vidro, as esculturas são feitas para serem usadas igualmente por crianças com ou sem necessidades especiais. Como elas só se completam no movimento dos corpos sobre e através delas, estão disponíveis para – mais do que o toque – o livre uso”, analisa Adélia Borges, curadora da mostra. Abertas e interativas, as esculturas lúdicas de Sara “propiciam experiências estéticas e imaginativas e convidam as crianças para um brincar mais criativo”, nas palavras da artista.

Num contexto em que as cidades oferecem poucos espaços dedicados ao brincar, essa oportunidade é mais do que bem-vinda! “Mais do que tudo, o que queremos com esta exposição é, em consonância com os objetivos de Sara, ampliar os limites de desfrute do viver criativo”, arremata Adélia.

Então, fica aqui a dica: vá ao Museu, leve seus filhos, sobrinhos, netos… A mostra permanece em cartaz até 26 de março de 2023. Depois disso, as esculturas serão doadas a instituições que atendem crianças e desejem proporcionar essa experiência a elas.